Zumbi dos Palmares (1655–1695) foi uma das figuras mais emblemáticas da resistência negra e da luta contra a escravidão no Brasil. Ele foi o último líder do Quilombo dos Palmares, uma das maiores comunidades autônomas de africanos escravizados que fugiram de cativeiro (quilombos) no período colonial. Localizado na Serra da Barriga, na região onde hoje é o estado de Alagoas, o quilombo chegou a abrigar milhares de pessoas, incluindo indígenas e brancos marginalizados.

Zumbi nasceu no Quilombo dos Palmares, mas foi capturado ainda criança por bandeirantes e entregue a um padre, sendo batizado e educado na fé católica. Apesar disso, ele fugiu aos 15 anos para retornar a Palmares, onde se tornou um líder militar e espiritual. Ele defendeu a liberdade e a autonomia do quilombo contra as frequentes investidas das tropas coloniais portuguesas.

A importância do Quilombo dos Palmares

Palmares resistiu por cerca de um século, tornando-se símbolo de luta por liberdade. Sob a liderança de Zumbi, os habitantes adotaram estratégias de defesa e ataques contra fazendas escravistas para libertar mais pessoas. Ele recusou acordos de paz que implicavam na aceitação da escravidão para outros africanos, reafirmando sua visão de liberdade universal.

A morte e o legado

Zumbi foi traído e morto em 20 de novembro de 1695. Sua cabeça foi exposta em Recife como forma de intimidar outros escravizados. No entanto, sua morte solidificou seu lugar como ícone da resistência e liberdade. Hoje, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, homenageia Zumbi e destaca a importância da luta contra o racismo e pela igualdade.

Zumbi dos Palmares é considerado um herói nacional do Brasil e sua história inspira movimentos de resistência e identidade negra no país.